segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Skol Beats reúne 15 mil em São Paulo

A dupla paulistana Killer on the Dancefloor foi a primeira atração a se apresentar no Skol Beats, pouco depois das 19h de sábado (27) no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. Misturando trechos de músicas da Madonna e outras faixas dançantes, o grupo aqueceu uma parte do público que optou por chegar cedo ao festival, que reuniu 15 mil pessoas das 18h às 8h de domingo (28), segundo a organização.

Desta vez, a produção acertou ao reduzir as dimensões do evento, o que resultou em pouquíssimas filas nos bares e banheiros limpos até o final. Ponto positivo também para a equipe de limpeza, que contribuiu para o conforto nas pistas. Que tudo isso sirva de exemplo para as próximas edições.

Veja fotos do Skol Beats 2008

Nem a garoa fina que insistia em cair no início desanimou os fãs de música eletrônica, que enfrentaram uma verdadeira maratona. Enquanto nas duas tendas tocavam a dupla Flow & Zeo e o DJ Mario Fischetti, no palco principal os cearenses do Montage animaram com uma apresentação performática movida a electro-rock.

Atração mais esperada desta esdição do Skol Beats, a dupla francesa Justice correspondeu às expectativas de quem esperava as batidas quebradas do duo. Gaspard Augé e Xavier de Rosnay chegaram precedidos pela cruz iluminada no centro do palco e mandaram no começo a peso-pesado “Waters of Nazareth”.

Digitalism no Skol Beats.

Ao lado dos franceses, chamavam atenção 19 amplificadores Marshall, ícones rock ‘n roll. Curiosamente, as caixas faziam só figuração, já que não estavam ligadas de fato. Um dos pontos altos foi quando o Justice tocou “D.A.N.C.E.”, seu maior sucesso, com um coral infantil e um piano sozinhos fazendo uma longa introdução, até que finalmente entrasse a quebradeira.

Digitalism supera problemas técnicos e não decepciona

O que não faltou foi gente gritando “sobe o som!” no início da apresentação do duo alemão de electro Digitalism. O volume no palco principal estava baixo e prejudicou a performance dos DJs Jens Moelle e Ismail Tüfekçi.

O problema foi resolvido quase 20 minutos depois, felizmente no momento em que a dupla tocava uma de suas melhores faixas: “Digitalism in Cairo”. E assim os fãs puderam dançar como mereciam.

Músicas como “Pogo” - que já ganhou um remix dos brasileiros do Cansei de Ser Sexy -, “I want, I want” e “Idealistic” foram as que mais empolgaram o público, graças aos vocais animados dos DJS, que não se cansavam de gritar “São Paulo” e “Brasil”.

Brasileiros mandam bem

O brasileiro Renato Cohen, que se apresentou em uma tenda menor, fez um do melhores sets do festival. Cohen tocou faixas de seu novo disco, “Sixteen billion drumkids”, e fez a turma dançar em ritmo frenético com sua “lenha” – gíria usada para definir a vertente mais pesada do tecno.

Um dos melhores momentos foi quando o DJ tocou “Pontapé”, seu hit mais famoso, que já percorreu as pistas dos clubes mundo afora e ganhou até um remix de Carl Cox.

Na reta final, boas surpresas

O holândes Armin Van Buuren – considerado o número 1 do mundo – mostrou sua mistura de trance e tecno no palco principal e foi ovacionado pelos fãs, que gritavam o nome do DJ, batiam palmas e davam abracinhos entre si.

O brasileiro Gui Boratto encerra a programação do palco principal do Skol Beats na manhã deste domingo (28).

O set durou cerca de 2h30 - o que é pouco, levando em conta que o DJ já chegou a se apresentar por 12 horas seguidas em raves mundo afora.

A surpresa veio no final do set: o DJ misturou suas batidas tranceiras com o clássico “Smells like teen spirit”, do Nirvana, para delírio dos que tinham conseguido chegar até aquele ponto da maratona musical.

Ao som de “Beautiful Life”, faixa do disco "Chromofobia", o DJ brasileiro Gui Boratto encerrou a 9ª edição do Skol Beats. Acompanhado de uma banda, ele fez um set bem diferente de seu elogiado álbum.

No lugar das batidas minimalistas, Boratto optou por um show com uma levada mais roqueira - solução esperta para manter o público animado mesmo com a chuva.

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